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Educação bilíngue, sucesso ou desperdício?

Atualizado: 20 de ago. de 2020

Quatro em cada cinco pais consideram essencial ensinar línguas a crianças a partir dos 3 anos de idade, mas não sabem como fazê-lo.


Mãe sofre né? Não basta parir, amamentar, puerpério, volta ao trabalho... ainda sobram mil e uma dúvidas sobre em que escola matricular, que tipo de pedagogia será adotada, horários e alimentação, material didático e suas aplicações, adaptação, cursos extracurriculares... UFA, só de digitar isso tudo já cansei de pensar!


Eu to longe de ser uma mãe exemplar, eu grito esporadicamente, perco as estribeiras quando ele pinta com caneta permanente as almofadas do sofá que eu acabei de costurar, e quando descubro uma nova obra de arte estampada na parede de casa eu quase infarto.

Uma realidade similar a de váááááááárias mães desse mundão de meu Deus, mas continuo a busca permanente por um ensino de qualidade pro pequeno, novas opções de educação disruptiva e que saiam da casinha (sou daquelas que tem um filho atípico e que num para a bunda quieta, então tem problemas com foco e concentração).

Então, vamos falar de EDUCAÇÃO BILÍNGUE?


O treinamento em idiomas é uma das preocupações mais comuns entre pais de crianças pequenas. De acordo com dados obtidos pela Hexagone, uma consultora especializada em formação linguística, 4 entre 5 pais consideram essencial que seus filhos aprendam línguas a partir dos 3 anos de idade, mas não sabem como incluir esta prática em sua rotina familiar.


Entre as principais dúvidas dos pais destaca-se a idade de início dos treinamentos. De acordo com alguns especialistas, é aconselhável começar o mais cedo possível para familiarizar as crianças desde a mais tenra idade com a fonética e as expressões próprias do idioma desejado. Para Rudolf Steiner, o criador da pedagogia Waldorf, em seu livro ANDAR, FALAR, PENSAR A ATIVIDADE LÚDICA " A criança é de fato, nos primeiros anos, um organismo totalmente sensorial. (...) Ora, a criança, por ser um organismo sensorial extraordinariamente delicado, é sensível não somente às influências físicas de seu meio ambiente, mas principalmente às influências mentais."

Mas e agora? Devemos incluir a educação de outro idioma num ser tão miúdo? Minha resposta é: DEPENDE. Depende de como é a sua estrutura familiar, do seu tempo, da sua dedicação; De nada adianta matricular seu filho em uma escola bilíngue se esse idioma não faz parte do ambiente que está ao seu redor. Novamente, Steiner fala sobre essa questão do ambiente: "Uma criança diante da qual, nos expressamos sempre sinceramente como seres humanos, ao imitar o meio ambiente assimilará a linguagem de tal forma que nela se intensificará a atividade realizada no organismo enquanto inspiramos e expiramos."


Gaëlle Schaefer, diretora da Hexagone, explica que “antes de desenvolver a fala (o chamado speaking), eles precisam ter sido expostos à escuta (o conhecido listening). Ou seja, devem se familiarizar com as palavras, ouvir a fonética da língua para começar a reter e reproduzir os sons das palavras da nova língua”. Por isso indica o uso da música como ferramenta educacional nesses casos.


“A música desempenha um papel fundamental no aprendizado de uma língua para crianças. É uma ferramenta necessária e básica para aprender uma língua, o que nos permite trabalhar na musicalidade e na prosódia da linguagem”, destaca Schaefer.

Não force a situação


70% dos insucessos no ensino de línguas com crianças devem-se a uma má estratégia quando se trata de introduzir a língua na sua vida. Por isso é preciso motivar a criança em sua curiosidade inata e entusiasmo para falar, traquejar e descobrir as possibilidades de uma outra língua.


Uma das chaves para o sucesso ao introduzir uma nova língua na vida dos pequenos é a perseverança. Este idioma deve ser usado em diferentes momentos do dia, naturalizando o idioma em sua vida. Um exemplo, pode ser o uso de expressões concretas em outro idioma, como colocar vídeos de desenhos animados em outro idioma, ou o uso de frases curtas para estimular a lembrança de significados.


“O que sempre recomendamos é que a criança comece a associar e entender o significado de frases curtas, até mesmo algumas ordens em outro idioma. Por exemplo, expressões como "Come here" (“Venha cá”), ou "Well done" (“Bem feito”), etc. O uso dessas expressões curtas permanecerá na memória da criança e promoverá a compreensão. À medida que cresce, esse vocabulário será ampliado, mas o importante é que ele permaneça com o som e a fonética dessas frases para internalizá-las”, explica Schaefer.


O uso de jogos e aplicativos


Um recurso tradicional que pode ser muito útil no dia-a-dia, é o uso de «flashcards».

O que é isso, Tia Belle? Os flashcards são cartões vendidos em lojas e alguns cartões ilustrados com os quais a criança pode associar a imagem engraçada à uma palavra ou conceito ilustrado. Eles são uma maneira de introduzir novas palavras no vocabulário da criança enquanto ela se diverte brincando com a família.

cartões com imagens
Flashcards ajudam na associação e fixação do vocabulário

Uma ferramenta tecnológica preciosa no aprendizado de línguas na primeira infância é o Lingokids, plataforma de ensino de inglês desenvolvida com apoio da Oxford University Press. (falei sobre ele num post passado, lembra?) O “app” que já possui mais de 700.00 famílias registradas no Brasil, expõe as crianças a mais de 3.000 (isso mesmo, TRÊS MIL) palavras de vocabulário, adaptando cada lição à idade e velocidade de aprendizado dos usuários, e gerando relatórios semanais para o monitoramento do progresso dos filhos pelos pais. Mas num é uma coisa LINDA?

App de idiomas LingoKidsLingoKids. Ótimo para famílias com pais participativos e envolvidos na educação de seus filhos.
LingoKids. Ótimo para famílias com pais participativos e envolvidos na educação de seus filhos.


Indicado para crianças entre 2 e 8 anos de idade, o app se utiliza efetivamente do recurso digital das telas touch screen em lições vigorosamente intuitivas, além de se aproveitar de vídeos com professores reais, desenhos animados, “músicas chiclete” e outras atividades educativas, para captar e manter a atenção das crianças durante mais tempo e de um modo mais eficaz do que com as aulas e métodos mais tradicionais.


E agora?!


Bem, tendo isso tuuuuuuudo de informação e mais o Google inteiro para navegar, você pode optar por uma escola bilingue OU NÃO. Eu não sei os motivos da sua busca interior, qual o seu propósito para fazer a sua escolha. Seja ela qual for, lembre-se que nada funciona se você não estiver escutando ativamente e participando da vida e do aprendizado do seu filho de forma concreta. Fazer filho é fácil, educar é difícil pra caralho.


Belle Castillo é mãe de humano, de cachorro e de plantinhas, produtora de conteúdo, tagarela, palpiteira e cheia dos macetes para pular os perrengues na jornada materna e encarar de frente as próximas fases. Fala palavrão como um estivador e não sabe se comportar em público.

Textos quando ela lembrar de enviar. (pode ser todo dia ou raramente)

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© 2018 por Belle Castillo

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